Sinto falta de você, Letícia
Esse texto eu escrevi em 2023. Lê-lo em 2025, é como uma convicção de que tudo realmente passa, mas enquanto estivermos vivendo esses processos, todos os sentimentos precisam ser acolhidos.
Estou sentada no corredor da faculdade, implorando para que minhas lágrimas fiquem só aqui dentro de mim, enquanto eu olho as fotos antigas do ano de 2022. Eu sinto tanta falta do tempo disponível, das cores, dos encontros e reencontros que eu tinha comigo. Sinto falta do tempo de qualidade com Jesus. Sinto falta de olhar para o céu com frequência e sobretudo, de ter vontade de viver. Sinto falta do meu riso fácil e de não me cansar tão facilmente como agora. Sinto falta da magia, da intensidade que existia em mim. Eu me sinto ingrata por sentir falta da Letícia antiga enquanto a nova tá sendo construída, mas a grande verdade é que eu não quero me despedir da minha velha versão. Na viagem, pude perceber o quanto ela faz falta e o quanto eu jamais a terei de volta. De todas as perdas, me perder tem sido a mais difícil. (Tive que chorar no banheiro da faculdade pela primeira vez)
(Tim Bernardes- Nascer, Viver, Morrer)